quinta-feira, 21 de abril de 2011

Divanilton: Intervenção no 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido
Com o objetivo de discutir a Nova Política de Organização do Partido e sua aplicação no âmbito dos comitês municipais, o Comitê Central do     PCdoB promoveu mais um encontro nacional. Realizado em São Paulo desde a última sexta (15), o evento seguiu até o domingo (17), com a participação de dirigentes de mais de 180 municípios.

Em intervenção ao 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, o dirigente do comitê central do PCdoB, Divanilton Pereira, analisou o sentido estratégico da luta do Partido:
Bom Dia Camaradas,

É com entusiasmo que saúdo este acontecimento político que potencializa as condições para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da nossa estruturação partidária. Penso que ele veio para ficar. Na última reunião do comitê central do Partido, o presidente Renato Rabelo destacou que no Brasil, atualmente, só o PCdoB concentra tanta energia em busca do fortalecimento programático e partidário. Esse evento é mais uma manifestação disso.

No ato de abertura desse encontro, o nosso presidente sustentou que o país vive um novo e inédito ciclo político em sua história. Uma conquista do povo que resulta em 12 anos consecutivos em que o nosso país é governado por um projeto democrático e popular.

O viés sócio-desenvolvimentista desse projeto vem criando as possibilidades para que o país alcance um novo padrão civilizacional. O PCdoB é partícipe histórico desse processo, e desenvolve esforços programáticos e de gestão integrando- o desde 1989.

É dentro desse contexto que a carta-compromisso se apropria dessa realidade e convoca todo o sistema de direção partidária a colocar o PCdoB em um novo salto organizacional: um salto pela regularidade e duradoura militância desde as suas bases.

Essa é uma condição indispensável não apenas para atender o simples funcionamento interno do nosso Partido, mas fundamental para colocá-lo a altura de liderar as grandes transformações estruturais que o país necessita.

Da carta-compromisso, quero realçar um ponto e, a partir dele, revisitar as resoluções do 2º encontro de abril de 2005 assim definido: “Implementar a política do Partido entre as trabalhadoras e os trabalhadores e por intermédio deles – fator estratégico para o projeto do PCdoB e para o futuro do Brasil”.

Refiro-me ao parágrafo 1 do item IV. Nele nos comprometemos em realizar uma revisão e ajustes. Termos que por si só expressam de uma forma implícita o reconhecimento de algumas de nossas insuficiências: “... fixar lócus de atuação dos militantes de modo mais definido e duradouro. Especialmente nas capitais e nas grandes concentrações de trabalhadores, a revisão considerará as relações de trabalho como forma mais necessária de associação dos militantes...”

Essa revisão pressupõe reassumirmos os compromissos lá de abril de 2005, no qual a centralidade do trabalho foi reafirmada não apenas como mera categoria acadêmica sociológica, mas como centro da estratégia e de pertencimento do PCdoB: o partido da classe operária brasileira com toda sua dimensão de estratos e frações.

Como militante também na frente sindical, julgo que devemos permanentemente desenvolver vigilância em torno do foco de nossa ação militante. Ganhar eleições sindicais, participar de instâncias nacionais, constituir e fortalecer nossa central sindical são construções necessárias e complexas, mas que só se tornam estratégicas para o PCdoB caso elas se constituírem em meios, e não em fins. Devem ser o leito da atuação partidária entre as trabalhadoras e os trabalhadores, constituindo pontes com a política e organização partidária. Caso contrário, nos tornaremos apenas em mais um bom administrador da venda da força de trabalho da classe trabalhadora brasileira. E para isso já existem outras organizações.

Dessa forma, todos nós, quadros dirigentes partidários, além de elaborarmos os estratégicos projetos eleitorais para a batalha de 2012, já em curso, precisamos com eles e também através deles destacarmos a construção partidária no seio da classe trabalhadora brasileira.

Dessa forma, essa diretriz não deve ser encarada como uma tarefa exclusiva dos dirigentes partidários sindicais, mas de todo o sistema diretivo do PCdoB.
Essa é minha contribuição de reafirmação à carta-compromisso aqui apresentada.

Muito Obrigado.


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