sexta-feira, 15 de março de 2013

15/03/2013 Funcionário da Educação

Em audiência com juiz da Fazenda Pública, SINTE/RN trata do plano de carreira dos funcionários

Na manhã desta sexta-feira (15) a direção do SINTE/RN participou de uma audiência com o juiz Ibanez Monteiro da Fazenda Pública do estado, que está com o processo judicial que trata do plano de carreira dos funcionários.
O juiz não afirmou se julgaria a ação de imediato devido à demanda de processos que tem que julgar. A coordenadora geral Fátima Cardoso ressaltou a atenção com que a equipe do Sindicato foi recebida. Os advogados da Assessoria Jurídica do SINTE/RN constataram que o processo do plano de carreira dos funcionários estava em destaque na tela do computador do juiz. “Isso não nos dá o direito de inferir absolutamente nada, já que ele não se pronunciou como havia dito no último contato de que em março julgaria a ação”, comentou Fátima Cardoso.
Questionado pelos advogados do SINTE/RN sobre a sua ida para o Tribunal de Justiça como desembargador, Dr. Ibanez confirmou que existe essa possibilidade e que poderá ocorrer já na próxima semana. “Pedimos que a ação fosse julgada antes da saída por causa do seu conhecimento do assunto e pela seriedade que apresenta todas as vezes que tratamos do assunto”, ressaltou a coordenadora geral.

Fonte site do SINTE/RN

quarta-feira, 6 de março de 2013

Chávez: morre o revolucionário; seguirá a revolução bolivariana

No início da noite deste dia 5 de março, em Brasília, com sentida emoção e forte impacto recebemos a notícia do falecimento do destacado revolucionário da Venezuela e da América Latina, presidente Hugo Chávez. Acompanhávamos com esperança a última batalha travada por Chávez, desta vez pela própria vida, luta que empreendeu com força de vontade e altivez. Mas, infelizmente, a doença foi mais forte e o levou.
A vitória de Hugo Chávez para presidente da Venezuela, em 1998, inaugurou um ciclo político progressista na América Latina, em especial na nossa América do Sul. Um ciclo que prossegue vigoroso, propiciando a vários países e povos da região democracia, desenvolvimento soberano, sensível melhora da qualidade de vida dos trabalhadores e, ainda, o avanço da integração solidária entre as nações. Chávez, além de dedicar o melhor de si pelo desenvolvimento de seu país e pelo bem-estar de seu povo, foi um intrépido entusiasta desse processo de integração, tanto com a Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) quanto com o Mercosul. Em julho de 2012, quando se formalizou a entrada da Venezuela neste bloco, ele proclamou: “Nosso norte é o sul”.

Chávez, juntamente com o ex-presidente Lula e outras lideranças da região, travaram a luta vitoriosa que sepultou a Alca, projeto neocolonialista dos Estados Unidos. Por isto, uma grande dimensão de Chávez se revela pelo seu legado patriótico e internacionalista, um adversário ferrenho do imperialismo e defensor da amizade e da cooperação entre os povos.

E se internacionalmente Chávez tem esse significado para as forças políticas avançadas, para o seu país ele representa o líder de um processo revolucionário que em pouco mais de uma década libertou a Venezuela da espoliação estrangeira, colocando a grande riqueza do país, o petróleo, a serviço do desenvolvimento da nação e que também ajudou a retirar centenas de milhares de venezuelanos da miséria.

Outro traço da revolução bolivariana liderada por Chávez é a democracia. Nunca houve tantas eleições, nunca houve tanta efetiva participação do povo nos destinos da Venezuela como nesta última década. Grande expressão dessa democracia é a Constituição Bolivariana, elaborada por uma Assembleia Constituinte livremente eleita. Constituição democrática e avançada que, inclusive, indica os rumos da construção do socialismo naquele país. “Socialismo do Século 21”, como assim proclamava Chávez.

Externarmos nossos sentimentos à pátria de Simon Bolívar pela perda desta grande liderança patriótica, democrática e socialista. Mas, ao mesmo tempo, temos a convicção de que morreu o revolucionário, porém sua grande obra, a revolução bolivariana, terá continuidade! Seguirá conduzida pelas lideranças leais ao legado do presidente Chávez, apoiada no povo e nas forças políticas avançadas do país e contará com a efetiva solidariedade das forças progressistas das Américas, entre as quais o Partido Comunista do Brasil, que sempre apoiou Chávez e o povo venezuelano na sua épica jornada libertária.

Brasília, 5 março de 2013
Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil - PCdoB

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Pesquisador afirma que estrutura das escolas adoece professores


6dirdoj6eoydw9nellpol5m34"O ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei."
O relato é da professora Luciana Damasceno Gonçalves, de 39 anos. Pedagoga, especialista em psicopedagogia há 15 anos, Luciana é um exemplo entre milhares de professores que, todos os dias e há anos, se afastam das salas de aula e desistem da profissão por terem adoecido em suas rotinas.
Para o pesquisador Danilo Ferreira de Camargo, o adoecimento desses profissionais mostra o quanto o cotidiano de professores e alunos nos colégios é "insuportável". "Eles revelam, mesmo que de forma oblíqua e trágica, o contraste entre as abstrações de nossas utopias pedagógicas e a prática muitas vezes intolerável do cotidiano escolar", afirma.
O tema foi estudado pelo historiador por quatro anos, durante mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Na dissertação O abolicionismo escolar: reflexões a partir do adoecimento e da deserção dos professores , Camargo analisou mais de 60 trabalhos acadêmicos que tratavam do adoecimento de professores.
Camargo percebeu que a "epidemia" de doenças ocupacionais dos docentes foi estudada sempre sob o ponto de vista médico. "Tentei mapear o problema do adoecimento e da deserção dos professores não pela via da vitimização, mas pela forma como esses problemas estão ligados à forma naturalizada e invariável da forma escolar na modernidade", diz.
Luciana começou a adoecer em 2007 e está há dois anos afastada. Espera não ser colocada de volta em um colégio. "Tenho um laudo dizendo que eu não conseguiria mais trabalhar em escola. Eu não sei o que vão fazer comigo. Mas, como essa não é uma doença visível, sou discriminada", conta. A professora critica a falta de apoio para os docentes nas escolas.
"Me sentia remando contra a maré. Eu gostava do que fazia, era boa profissional, mas não conseguia mudar o que estava errado. A escola ficou ultrapassada, não atrai os alunos. Eles só estão lá por obrigação e os pais delegam todas as responsabilidades de educar os filhos à escola. Tudo isso me angustiava muito", diz.
Viver sem escola: é possível?
Orientado pelo professor Julio Roberto Groppa Aquino, com base nas análises de Michel Foucault sobre as instituições disciplinares e os jogos de poder e resistência, Camargo questiona a existência das escolas como instituição inabalável. A discussão proposta por ele trata de um novo olhar sobre a educação, um conceito chamado abolicionismo escolar.
"Criticamos quase tudo na escola (alunos, professores, conteúdos, gestores, políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais escolas, mais professores, mais alunos, mais conteúdos e disciplinas. Nenhuma reforma modificou a rotina do cotidiano escolar: todos os dias, uma legião de crianças é confinada por algumas (ou muitas) horas em salas de aula sob a supervisão de um professor para que possam ocupar o tempo e aprender alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das estratégias didático-metodológicas de ensino", pondera.
Ele ressalta que essa "não é mais uma agenda política para trazer salvação definitiva" aos problemas escolares. É uma crítica às inúmeras tentativas de reformular a escola, mantendo-a da mesma forma. "A minha questão é outra: será possível não mais tentar resolver os problemas da escola, mas compreender a existência da escola como um grave problema político?", provoca.
Na opinião do pesquisador, "as mazelas da escola são rentáveis e parecem se proliferar na mesma medida em que proliferam diagnósticos e prognósticos para uma possível cura".
Problemas partilhados
Suzimeri Almeida da Silva, 44 anos, se tornou professora de Ciências e Biologia em 1990. Em 2011, no entanto, chegou ao seu limite. Hoje, conseguiu ser realocada em um laboratório de ciências. "Se eu for obrigada a voltar para uma sala de aula, não vou dar conta. Não tenho mais estrutura psiquiátrica para isso", conta a carioca.
Ela concorda que a estrutura escolar adoece os profissionais. Além das doenças físicas – ela desenvolveu rinite alérgica por causa do giz e inúmeros calos nas cordas vocais –, Suzimeri diz que o ambiente provoca doenças psicológicas. Ela, que cuida de uma depressão, também reclama da falta de apoio das famílias e dos gestores aos professores.
"O professor é culpado de tudo, não é valorizado. Muitas crianças chegam cheias de problemas emocionais, sociais. Você vê tudo errado, quer ajudar, mas não consegue. Eu pensava: eu não sou psicóloga, não sou assistente social. O que eu estou fazendo aqui?", lamenta.
(IG Educação)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Marcha das centrais em 6 de março irá resgatar Agenda da Conclat

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As centrais sindicais bateram o martelo nesta quarta-feira (23), ao confirmarem, após reunião ocorrida na cidade de São Paulo, a realização de uma grande marcha a Brasília no dia 6 de março, com o propósito de entregar uma pauta de reivindicações ao governo federal, baseada na Agenda da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).reuniao centrais 2301b
Sindicalistas se reuniram na sede nacional da CUT, em São Paulo

A intenção dos sindicalistas é entregar essa pauta diretamente à presidenta Dilma Rousseff. Os representantes das centrais entendem que a data é pertinente, pelo fato de coincidir com as semanas iniciais dos trabalhos da Câmara Federal em 2013. Além disso, entre os dias 4 e 8 de março a cidade de Brasília também abrigará o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade que poderá contribuir de maneira determinante para o sucesso da marcha.
adilson ba 2301A CTB foi representada na reunião por seu presidente nacional, Wagner Gomes, e pelopresidente da CTB-BA, Adílson Araújo, além do assessor Umberto Martins. Ambos os dirigentes entendem que a marcha marcará a retomada das lutas unitárias das centrais por novos avanços para a classe trabalhadora.
“O desafio maior que teremos é o de destravar a agenda da classe trabalhadora. Se o governo federal absorver parte das nossas propostas, o Brasil irá caminhar muito bem nos próximos anos. Mas para isso precisamos ter ao menos alguma sinalização por parte da presidenta Dilma”, afirmou o presidente da CTB-BA.
Pauta
Os representantes das centrais definiram que o ato de 6 de março será chamado de “Marcha da Classe Trabalhadora por Cidadania, Desenvolvimento e Valorização do Trabalho”. Para Wagner Gomes, é fundamental também que outros setores da sociedade, como a juventude, por exemplo, se somem à atividade. “Acredito que não podemos restringir o ato aos sindicalistas. Temos que dialogar e atrair outras forças para essa marcha, pois nossas reivindicações são de total interesse dos outros movimentos sociais do país”, defendeu.
Diante da definição de que a Agenda da Conclat, elaborada pelas centrais em 2010, servirá como base para as reivindicações que serão entregues à presidenta Dilma, os sindicalistas definiram oito pontos fundamentais como bandeiras para a marcha. Confira abaixo:
- Fim do fator previdenciário
- Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
- Educação: 10% do PIB para o setor
- Saúde: 10% do PIB para o setor
- Reforma agrária
- Valorização das aposentadorias
- Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT
- Mudanças na política macroeconômica
reuniao centrais 2301a
Centrais se reunirão com representantes do Dieese para formular o documento que será entregue à presidenta Dilma
Para Wagner Gomes, as centrais sindicais irão demonstrar mais uma vez sua capacidade de articulação, ao reeditar as grandes marchas realizadas durante o governo Lula, que garantiram, entre outros avanços, a política de valorização do salário mínimo. “Temos totais condições de reunir dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras em Brasília no dia 6 de março. Temos esse compromisso com a classe trabalhadora e já é hora de mostrarmos ao governo que é preciso avançar mais, no sentido de adotar políticas mais ousadas para garantir o desenvolvimento do país”, afirmou.
Fernando Damasceno – Portal CTB